Ha fallecido el Prof. José Mª Blázquez Martínez
Siento transmitir la mala noticia del fallecimiento en Madrid esta mañana, tras un primer ingreso hospitalario del que parecía estar ya mejor, del Profesor José María Blázquez Martínez, bien conocido de todos y apreciado por muchos, dentro y fuera de España, como el verdadero hito que fue en muchos campos de estudio de la historia del mundo antiguo, la iconografía y las religiones.
Medalla nº 13 de la Real Academia de la Historia desde 1987, entre otras muchas distinciones, fue maestro de incontables generaciones de alumnos, en la Universidad de Salamanca y en la Complutense de Madrid, entre ellos de quien firma, y deja una obra extensa e indeleble, como sin duda lo será también su recuerdo.
Sobre las 2 de la tarde se abrirá su capilla ardiente en el Tanatorio de San Isidro de Madrid.
Condolencias a su esposa, Beatrix Schwaar, y demás familia.
Alicia Mª Canto (UAM)
Faço minhas as palavras da Profª Alicia Canto, a que ora mesmo acedi, no final deste domingo de Páscoa, que fica marcado pelo desaparecimento de um grande Mestre, além de um enorme Amigo. Que descanse em paz!
Condividimos – ia a escrever «desde sempre», mas não era verdade – sta vontade de dar a conhecer o mundo das divindades indígenas, tendo-me ele precedido com a sua tese de doutoramento sobre Religiones Primitivas (1962); contudo, as minhas Divindades Indígenas sob o Domínio Romano em Portugal – que muitíssimo lhe deveram na sua preparação, como é óbvio – acabaram por ser publicadas em 1975, exactamente no mesmo ano em que publicou o seu Diccionario de las religiones prerromanas de Hispania. E, desde então, ouso dizer que sempre fizemos parceria. Um Mestre de extrema afabilidade, que aceitava discutir, que incentivava todos, que deixa uma multidão de discípulos, pois (creio!) poucos serão os que hoje têm cátedras de História Antiga ou se dedicam ao estudo das manifestações religiosas na Península Ibérica que não tenham em Blázquez luminosa referência.
Fez o seu caminho. Deixa-nos o exemplo de uma actividade incansável. Eu admirava-me como o ia encontrando aqui e acolá, como um jovem, por essa Europa e nos colóquios de Africa Romana, onde fazia questão de marcar presença, quer fosse em Marrocos, na Tunísia ou na Sardenha ...
Mestre, Amigo, José María, um apertado abraço de muita saudade.
E…
descansa agora! A Beatrix, um abraço também, de mui sentidos pêsames!
J. d’E.